Um usuário anônimo do Quora fez a seguinte pergunta: o FreeBSD é mais rápido que o Linux? E aqui está a explicação detalhada!
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1. Resposta Curta
Sim, o FreeBSD é mais rápido que o Linux.
No entanto, o Linux também é mais rápido que o FreeBSD.
- Ok, estou bugado. Explica!
Então, depende do que você está lidando. De maneira curta e resumida:
O FreeBSD tem menor latência de trabalho e o Linux tem maior velocidade na execução dos aplicativos que fazem uso das interfaces gráficas de usuário.
2. Resposta Longa
2.1 Pacotes de Rede mais rápida no BSD!
Os pacotes TCP/IP do FreeBSD tem muito menos latência que no Linux. É por isso que o Netflix escolhe transmitir seus filmes e programas para você usando o FreeBSD e nunca no Linux. É também por isso que a Netflix escolhe pagar alguns de seus melhores engenheiros para contribuir com a base de código atual e futura do kernel do FreeBSD e não do kernel Linux. Em geral, muitos aplicativos da web parecem “mais rápidos” em servidores FreeBSD devido ao melhor “tempo de resposta” ou latência mais baixa.
Outra importância da baixa latência na pilha de redes, o FreeBSD é a base do pfSense, um dos firewalls mais leves que existe e apresenta um dos melhores desempenhos do mercado. Abordei mais a respeito dele neste post recente do site!
2.2 Aplicativos mais rápidos no Linux!
Quase todas as aplicações rodam mais rápido no Linux do que se comparado ao FreeBSD. A IBM e a Intel são as duas maiores contribuintes para o desenvolvimento do kernel Linux, e são muito focadas em aplicativos (não em rede). Todos os maiores e melhores supercomputadores são executados no Linux por essa mesma razão! Tanto que abordamos a respeito neste post aqui do site!
Se você estiver usando algum sistema baseado no UNIX como uma estação de trabalho ao invés de Windows ou Mac, quase tudo que você pode rodar será mais rápido; se for no Linux, será mais rápido do que no FreeBSD.
2.3 Uma mudança bem-vinda: Kernel 4.16
Essas duas declarações – o FreeBSD tem menor latência; o Linux tem mais poder bruto – já são verdadeiras há duas décadas. Mas isso pode mudar em breve! Existem algumas melhorias de rede “inspiradas no BSD” para o Linux, que serão implementadas no kernel Linux 4.16 . O Facebook de fato empregou engenheiros com o único propósito de tentar fazer com que o Linux fique em dia com o FreeBSD para a web, e algumas partes do 4.16 são os frutos de seus trabalhos.
Mas a menos que você esteja usando o Fedora, seus servidores não vão receber as melhorias tão cedo. O novo Ubuntu LTS 18.04, que foi lançado a alguns dias, ainda usa o 4.15, que será suportado por 5 anos. Como o CentOS e o Debian estão ainda mais atrasados nos kernels por usarem lotes do 3.x e começo do 4.x, você não verá servidores Linux de alta velocidade em produção até abril de 2020, quando o Ubuntu 20.04 LTS for lançado.
De qualquer forma, graças ao apoio de gigantes corporativos como Netflix (para FreeBSD) e Intel (para Linux), esses dois sistemas operacionais provavelmente estarão sendo apoiados, suportados e desenvolvidos por pelo menos mais 40 anos, idade do BSD hoje: O BSD UNIX® original remonta a 1977, Linux nasceu em 1991 e FreeBSD é de 1993.
O FreeBSD tem algo como 5.000 ou 6.000 desenvolvedores envolvidos de alguma forma no projeto (junto com centenas de pessoas trabalhando no OpenBSD e no NetBSD) e o Linux tem muito mais do que isso, contando todas as distribuições. Este não é um jogo de soma zero, e ambos continuarão a ter muitos usuários, desenvolvedores e pontos fortes exclusivos.
3. Análise Opinativa
É surpreendente ver quantas pessoas usam Linux e não percebem que é geralmente mais lento que o FreeBSD quando usado para servidores web ou redes, ou pessoas que usam FreeBSD que não percebem que o Linux tem muito mais potência para aplicativos desktop.
Por exemplo, muitos fãs do FreeBSD notarão que Steve Jobs e Apple usaram o FreeBSD como a espinha dorsal do OS X (agora MacOS) ao invés do Linux, mas isso foi realmente devido ao aspecto das licenças de uso.
O MacOS provavelmente seria mais rápido hoje se tivesse sido baseado no Linux em vez do FreeBSD, já que a pilha TCP/IP e rede não são o gargalo de uso típico do MacOS.
3.1 Mais exemplos?
Laravel ou WordPress sem plugins/técnicas de caching, com uso pesado de PHP, ficará mais rápido no Linux!
Mas se a linguagem for Java, o FreeBSD será mais rápido nesse aspecto, mesmo sem cache.
O tempo de resposta também é a principal coisa a se preocupar (e, portanto, o FreeBSD é mais rápido) se você tem, na maioria das vezes, arquivos HTML / CSS simples com JavaScript do lado do cliente ou se tiver uma tonelada de uso de cache no seu site (por exemplo) do WordPress. Por outro lado, se você estiver usando Java ou toneladas de cache, seu site provavelmente já está bastante rápido, sem precisar se preocupar em mudar do Linux para o FreeBSD.
4. Conclusão
Não existe um vencedor. Cada um se destaca em um aspecto.
O Linux é mais rápido para operações a nível de desktop e o FreeBSD é mais rápido para pilhas de rede por apresentar menos latência geral do sistema.
E quando comparo o Linux aqui, é o FreeBSD vs sistema Linux com kernel Low Latency; o BDS ainda apresentará melhor desempenho, dentre outros motivos, pela série de fatores citados acima.
#UrbanCompassPony
Fontes:
Arte de chamada e parte do post: FreeBSDNews
Postagem do Quora;
Parte da postagem foi modificada para complementar mais informações por experiência pessoal.
Autodidata, me aprofundei em sistemas operacionais baseados em UNIX®, principalmente Linux. Também procuro trazer assuntos correlacionados direta ou indiretamente, como automação, robótica e embarcados.
Vale lembrar que o FreeBSD já existia antes de 1993 porém com outro nome. Devido problemas com patentes em partes do código-fonte, mudaram o nome do sistema que era 486BSD para FreeBSD, e nessa mesma época saiu outras vertentes do 486BSD, por exemplo o NetBSD, sendo que deste posteriormente surgiu o OpenBSD.
Do ponto de visto do usuário final, o FreeBSD seria “mais rápido” em tarefas de streaming? Por exemplo, numa máquina utilizada para assistir conteúdo no Netflix e Youtube seria melhor utilizar FreeBSD? Ou para usuário final em desktop não faz diferença?
Para usuários finais a melhoria seria mínima, Linux e BSD empatam nesse caso. Realmente a otimização é pra gerencia de redes, nisso o BSD ainda é melhor.
Este artigo, por usar como referência uma fonte ligada ao próprio Projeto FreeBSD, tende a ser tendencioso e portanto, evidencia uma clara irracionalidade face aos fatos, já que usa
FreeBSDNews como uma de suas referências; portanto, não se pode esperar dele uma crítica técnica isenta e imparcial…
Tratarei portanto, de uma forma simplificada e resumida, rebater muitos dos argumentos aqui utilizados, e que foram escolhidos visando provar uma suposta superioridade técnica do OS FreeBSD em relação ao Linux no uso de Servidores.
Tal visão é destituída de lógica e racionalidade, já que todos os grandes conglomerados comerciais, industriais e de pesquisa, não adotaram o Linux sem antes submetê-lo à intensos
testes de performance, latência, estabilidade, segurança, bem como sua superior adequação às mais importantes arquiteturas computacionais utilizadas no ambiente corporativo mundial.
Na medida do possível, tentarei enumarar as várias razões que tornam o Linux superior em performance, escalabilidade e portabilidade perante qualquer OS UNIX atual.
A afirmação: “O Linux é mais rápido para operações a nível de desktop e o FreeBSD é mais rápido para pilhas de rede por apresentar menos latência geral do sistema…” não pode ser sustentada do ponto de vista rigorosamente técnico e com base nos fatos reais, visto que há décadas o Linux tem se consolidado como a melhor opção para Servidores de grande porte e Web Servers.
Também para Data Storage Servers e Database Servers o Linux já deixou seu legado de superioridade sobre o FreeBSD, e a prova disto é que a maioria das redes de setor público mundialmente espalhadas adotam o Linux e não o FreeBSD, não importando aí se usam SGBDR como o Oracle, ou o IBM DB2/DB6; a preferência maciça é em torno do nome Linux.
Esta evidência se confirma principalmente ao constatarmos que a maioria do setor público americano utiliza Linux, bem como suas mais importantes e prestigiosas Universidades e Centros de Pesquisa, que também utilizam Linux em detrimento do FreeBSD, tendência esta que se observa igualmente nas mais importantes e industrializadas nações Européias, como Alemanha, Uk, Áustria, Holanda, Bélgica, Países Escandinavos, Suiça, França, Holanda e Itália.
Também no Brasil se usa predominantemente o Linux no setor público, bem como nos mais importantes bancos do País, como o próprio Banco Central (rede heterogênea baseada em RHEL, Ubuntu Server, AIX), Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander; no mercado varejista mundial, incluindo o do Brasil, se usa predominantemente Linux. Percentualmente, a participação do FreeBSD é considerada tão inexpressiva que este sistema sequer é citado nos relatórios estatísticos oficiais da União.
Outro detalhe é o uso exclusivo do Linux nos Centros de Pesquisa Aeroespaciais dos EUA, bem como em Forças Armadas: classes inteiras de submarinos nucleares portadores de mísseis balísticos intercontinentais e mísseis cruise, como a Classe Ohio, Los Angeles (a maior de todas) e Seawolf, todas integralmente usam RHEL.
O Exército Brasileiro também usa exclusivamente Servidores Linux (Debian). Não há sequer um Servidor das Forças Armadas do Brasil que utilize FreeBSD, mas todos rodam Linux.
As maiores empresas aéreas como a Boeing, a Lufthansa Alemã, bem como a própria Embraer brasileira e de projeção mundial, utilizam predominantemente Servidores Linux.
Portanto, não é verdade que o Linux tenha maior velocidade na execução de aplicativos que requerem o uso de interface gráfica, e também não é verdade que o Linux tenha maior latência que o FreeBSD; o oposto se confirmou em benchmarking feito pelos próprios desenvolvedores da versão mais rápida de sistema BSD atualmente: o DragonFly BSD.
O DragonFly BSD é tido como o BSD OS com a mais baixa latência, superando em muito a performance do FreeBSD – tanto que os próprios Desenvolvedores desta Distro BSD consideram apenas Linux como um competidor à altura em termos de alta performance perante seu Sistema otimizado com o impressionante sistema de arquivos Hammer.
Já dialguei longamente com Mathew Dillon, que foi sumário em suas colocações acerca deste tema: “De fato, todos os que vem para o DragonFly BSD após terem sido usuários de FreeBSD são categóricos ao afirmarem que não há termos de comparação entre a alta performance do DragonFly BSD em comparação ao FreeBSD – e este sempre atrás do Debian em tempo de resposta para aplicações pesadas como banco de dados relacional e ERPs.
Um próprio Desenvolvedor de uma versão BSD, baseada no antigo FreeBSD Lite 4.8 fez questão de publicar o resultado do benchmarking entre BSDs e Linux; o resultado pode ser lido e analisado no site oficial do DragonFly BSD: https://www.dragonflybsd.org/performance/
É errado supor que as implementações 4x não estejam presentes no Kernel Linux adotado pelo Debian e CentOS; o Debian usa por default, tanto o 4.9 quanto o 4.19, já no decorrer do ano de 2019.
Foi feita a afirmação: “É surpreendente ver quantas pessoas usam Linux e não percebem que é geralmente mais lento que o FreeBSD quando usado para servidores web ou redes, ou pessoas que usam FreeBSD que não percebem que o Linux tem muito mais potência para aplicativos desktop”….
Não é o que os fatos mostram, onde se evidencia exatamente a tendência contrária; a maioria dos Serviços Web priorizam o Linux em seus Servidores, e não o FreeBSD – evidente que, se fosse considerado de fato melhor, seria predominante neste setor como uma consequência natural. Contudo, é o oposto disto que se verifica na maioria dos Web Servers do Mundo, onde o FreeBSD constinui uma discreta minoria.
Razão pela qual, o Mercado Web bem como todo o Mercado Corporativo Mundial, são unânimes na adoção do Linux ao invés do FreeBSD, e a razão é muito simples do porque deste fenêmeno: os atuais sistemas Linux possuem muito maior escalabilidade em máquinas grandes, melhor performance e estabilidade que o FreeBSD; do contrário este estaria em evidência perante seu maior rival, o que, definitivamente não acontece…..
Outra afirmação que não tem sustentação com base nos fatos: “Mas a menos que você esteja usando o Fedora, seus servidores não vão receber as melhorias tão cedo. O novo Ubuntu LTS 18.04, que foi lançado a alguns dias, ainda usa o 4.15, que será suportado por 5 anos. Como o CentOS e o Debian estão ainda mais atrasados nos kernels por usarem lotes do 3.x e começo do 4.x, você não verá servidores Linux de alta velocidade em produção até abril de 2020, quando o Ubuntu 20.04 LTS for lançado…”
Já desde 2018 o lote 4x é usado no Debian, por exemplo, e não mais o 3.16; afirmar que “não se verá servidores Linux de alta velocidade em produção até abril de 2020” é rigorosamente uma previsão falaciosa e desprovida de sentido, completamente fora da realidade e incoerente do ponto de vista da probabilidade e estatística, que apontam sempre uma tendência contrária à teses de que servidores Linux seriam mais lentos e com maior latência que o FreeBSD.
Quanto ao caso do Netflix ter adotado o FreeBSD pelas razões alegadas, a Google que é uma Empresa muito maior e com um processamento online muito mais pesado que o do Netflix (incontáveis vezes mais pesados, uma carga de dados incomparavelmente maior) preferiu o Linux para o mesmo fim, porém, com um nível de exigência técnica muito superior (inicialmente com o Ubuntu Server e CentOS; atualmente com Debian GNU/Linux).
Outra questão que confirma a superioridade técnica das mais populares Distribuições Linux
conhecidas sobre o FreeBSD é a preferência generalizada ao Linux e seu uso esmagador, por parte das Maiores Empresas de TI e de outros segmentos como Oracle, Google, IBM, HP, Bolsa de Valores de New York, Amazon, NASA, Estação Espacial Internacional, SAP AG, Facebook, Ford, General Motors, Volkswagen, BMW, Dell, os maiores laboratórios farmacêuticos do Mundo, como Johnson & Johnson (primeiro lugar no ranking mundial), Pfizer, Novartis, Merck & Co, Roche, Sanofi, Bayer, GlaxoSmithKline, os maiores bancos como o Industrial and Commercial Bank of China, JPMorgan Chase, Bank of America (a maior rede bancária dos EUA), o Federal Reserve (o banco central norte-americano), Citigroup, entre muitos outros intermináveis exemplos.
A preferência esmagadora ao Linux por parte de toda a Indústria e Comércio, bem como pelas
maiores Instituições de pesquisa por todo o Mundo, como Universidade de Princeton, o CERN,
Universidade de Oxford, no Reino Unido, da Universidade de Harvard, em Massachusetts, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, da Universidade de Oakland, no Michigan, na Universidade de Nantes, em França, na Universidade de Deli, na Índia, é evidente em vários periódicos estatísticos publicados periodicamente em todos os continentes do Globo.
Todos os 500 mais potentes Supercomputadores do Mundo adotaram unanimemente o Linux como sua principal Plataforma operacional; nenhum deles usa FreeBSD…
Se não bastassem estes exemplos, provando a hegemonia e superioridade técnica do Linux sobre
o FreeBSD, são contudo apenas a ponta do iceberg, e que no seu todo, evidencia a supremacia do Linux como o Principal e melhor OS UNIX-like de todo o Mundo.
Ora, seria ridículo presumir que todas estas grandes empresas, setores industriais e centros de educação e pesquisa espalhados por todo o Mundo, além do Setor Público das mais importantes economias mundiais não possuem know-how altamente especializado para determinarem suas escolhas de migração e implementação em suas plataformas corporativas…
A Oracle, a IBM, a Hewlett Packard são três notáveis exemplos de Empresas que possuem suas próprias patentes UNIX, e todas elas possuem suas versões customizadas e certificadas em Linux, sendo esta a sua primeira e prioritária Plataforma Operacional.
O mesmo acontece com a Siemens AG, o Maior conglomerado Europeu, que possue sua própria versão Linux baseada em Debian. Em todas as frentes produtivas mundiais, o predomínio do Linux é absoluto, e somente um indivíduo muito cego e alienado para não ver todas estas informações comprováveis com base nos fatos; basta pesquisar e se terá esta inequívoca confirmação.
Os sistemas operacionais baseados em kernel Linux atingiram níveis sem precedentes de implementação em ambientes corporativos, e esta tendência se acentuou no início do século XXI; fatos são fatos, e contra fatos, não há argumentos que possam resistir.
Em 2013, 83 % de todos os segmentos corporativos mundiais usavam Linux como sua principal Plataforma Operacional. Com base nesta tendência, não é de se espantar que atualmente este número possa estar acima de 90 % de utilização.
Outra inquestionável evidência da superioridade técnica do Linux sobre seu rival FreeBSD é
a adoção do Linux pela IBM para a sua nova geração de mainframes: todas as novas máquinas da chamada linha zSeries (ou zSystems, como também é conhecida) são baseadas em SUSE Linux Enterprise Server e Ubuntu Server, não em FreeBSD, como seus sistemas primários.
Softwares de emulação que permitem rodar vários sistemas operacionais distintos (até mesmo o FreeBSD entre outros) foram criadas para as arquiteturas System/370, System/390, and System z; entretando, o Sistema padrão e oficial da IBM para toda a sua linha zSeries é o Linux.
À julgar por suas comprovadas e imbatíveis qualidades, é de se supor como consequência lógica, que este processo tenha se tornado e se consolidado como irreversível para os próximos anos.
Com tais colocações me vejo de mãos atadas para uma contra-resposta, uma boa abordagem. Admito que eu tinha minhas duvidas se o BSD realmente era melhor que o Linux em alguns aspectos……… Mas será que a adoção em massa do Linux não enquadra a questão das licenças? Em 1990 o BSD sofreu duras perdas por problemas com licenciamentos de código enquanto o Linux engatinhava. Hoje tem empresas que preferem a GPL do que a Apache ou outras, tecnicamente temos empates em vários pontos entre BSD e Linux, enquanto que a adoção do Linux é meramente “contratual”, “mercadologico”.
Nathan, o que posso admitir é que quando usuários FreeBSD atacam o Linux, estão em parte destilando suas frustrações quanto ao fato do Projeto FreeBSD ter ficado em alguns aspectos para trás na competição pelo Mercado de TI. Eu não vejo Sistemas Linux como sendo tecnicamente superiores em tudo ao FreeBSD (até porque, implementações inteiras de BSD 4.3 e do próprio FreeBSD, bem como do OpenBSD, estão presentes na elaboração da Distro Debian GNU/Linux – que já teve laços estreitos com o Projeto FreeBSD – vide o Debian kFreeBSD, que já instalei e testei num passado relativamente distante; infelizmente a parceria entre o pessoal do FreeBSD e do Debian não vingou….
Vejo sim o Linux como sendo imbatível em todos os aspectos mencionados, assim como uma gestão mais prolífica e descentralizada do Projeto FreeBSD poderia torná-lo numericamente tão imbatível quanto o Linux.
A predominância do Linux existe de fato por suas qualidades comprovadas no seu uso corporativo. Ele tem sido muito melhorado e testado, recebendo patrocínios gigantescos da IBM, Oracle, HP, Dell, GM, e de muitas outras entidades profissionais e não profissionais.
Diretores de TI não se limitam apenas ao aspecto da conveniência burocrática de licenciamento e diminuição de custos na adoção de um sistema em detrimento de outro, se este Sistema não tiver qualidades técnicas que garantam o superávit das operações de negócio em seus Servidores de Produção de missão crítica – Eu mesmo já experenciei este tipo de situação dezenas de vezes em minha trajetória profissional.
Claro que a questão do licenciamento via GPL também conta pontos que favoreçam a disseminação da Plataforma Linux para o ambiente empresarial, gerando a dependência de vários nichos de mercado atrelados à ele, já que os gestores de TI ajudam a diminuir o TCO das companias pela economia que obtém através de um produto gratuito.
Contudo, como frisei acima, ela não é o fator determinante para o fenômeno da proliferação do Linux no Mercado Mundial de TI.
Devo também admitir que a implementação do ZFS no kernel FreeBSD deveria torná-lo altamente competitivo num mercado praticamente tomado pelo Linux; mas, isto são políticas de desenvolvimento que, em um ou outro aspecto, precisariam ser redefinidas afim de que o FreeBSD tome seu lugar de direito no Cenário Mundial de TI.
Não podemos fazer o mesmo com o Linux, o que se fez com exito no FreeBSD: a licença CDDL do OpenZFS obedece à diretrizes opostas à GPL – nisso, o Linux ficou em desvantagem, não podendo incorporar o ZFS como sistema de arquivos nativo do Sistema – e sabemos que o ZFS é ainda seguramente o melhor sistema de arquivos do Mundo.
Pesando tudo na balança, e estabelecendo uma distinção entre o que um faz melhor que o outro, vejo que há funcionalidades que continuam sendo melhores no FreeBSD, que tem o melhor Firewall, e nisto se sai sempre melhor que o Linux.
Como disse antes: o Linux possui um conjunto de fatores favoráveis que o colocaram e o mantém numa posição de destaque no Mercado Global; estes atributos, contudo são em sua maioria, atributos de natureza técnica, não apenas de ordem legal atrelada ao tipo de licenciamento empregado pelo Sistema.
Uso impressionante do Linux em todas as áreas. Eu me pergunto por que o Linux não triunfou no desktop sobre janelas?
Os sistemas BSD ficaram para trás na era das pedras de pica. Mais de 30 anos nenhum deles pode ter um sistema de desktop gráfico completo por padrão? Com essa política de apenas para servidores mais cedo ou mais tarde acabará desaparecendo.
Sua colocação foi muito perspicaz, e me lembra um artigo que li certa vez de um Usuário Corporativo versado em Debian, e que havia desenvolvido grande experiência também com o FreeBSD ao longo de sua trajetória profissional.
Ele disse: “A adoção de um sistema Linux para o cenário de Servidores, muitas vezes começa com o treino oferecido no desktop”….
Já atuei há cerca de uns 8 anos atrás como Analista de testes e Administrador FreeBSD num Projeto de numa versão para desktop baseada em FreeBSD, O GhostBSD; trabalhava em regime Open Source junto de um experiente Administrador e Programador em Shell Script italiano.
Naquela ocasião, em uma de nossas conversas técnicas, Ele certa vez declarou: “Do ponto de vista do moderno desktop, os BSDs estão 20 anos atrás do Linux….”.
Analisando sua abordagem, creio que o mais provável é que a maioria dos usuários, acostumados com o ambiente intuitivo, não chegam a se interessar por opções Linux intuitivas para uso em desktop, porque se acomodaram por completo com windows e o produto da Apple, embora o MacOSX seja também um UNIX patenteado.
Mas, é fato que uma parcela muito pequena de usuários Linux existe em todo o Mundo.
No caso dos BSDs a situação é ainda pior; sem falar que perderam também quase que todo o espaço em Servidores, percentualmente falando, em comparação com os Sistemas Linux.
Não são praticamente utilizados em ambiente de produção de missão crítica, embora sejam usados nos Servidores de Banco de Dados do WhatsApp, nos Servidores de Produção e da Base de Dados relacional do Netflix, e como base para desenvolvimento de sistemas embarcados como o MacOSX (através da derivação do Darwin), e PlayStation 4 da Sony.
O FreeBSD, não obstante suas grandes e pioneiras qualidades, está hoje numa situação dramaticamente limitada no cenário corporativo mundial, não obstante os trunfos acima mencionados, se comparada a sua posição com as mais famosas Distribuições Linux.
Tendo todo este conjunto de fatores negativos contra o FreeBSD, não é de se espantar que alguns Projetos BSD (o pior caso, o do NetBSD) mergulhem cada vez no obscurantismo que só cresce em torno deles.
Correção do fim do texto: Tendo todo este conjunto de fatores negativos contra o FreeBSD, não é de se espantar que alguns Projetos BSD (o pior caso, o do NetBSD) mergulhem cada vez mais no obscurantismo que só cresce em torno deles.
O longo texto se resume a celebre frase de senso comum:
“Maria vai com as outras.”
(Se a IBM usa esse, eu vou usar também…)
Nenhuma faculdade ou universidade aceitaria tal verborragia. Seria como dizer no TCC ou tese de doutorado:
“É assim pois todo mundo faz assim…”
Daí já fica explicito a frustração do fã boy (e falta de formação acadêmica) tentando defender seu sistema favorito dado fanatismo e sem argumentação.
As empresas supracitadas assim fizeram a escolha por A ou B devido a uma pluralidade de fatores situacionais que hoje provavelmente com um novo budget muito provavelmente usariam outras abordagens.
Um exemplo de argumentação correta é a usada no texto sobre a Netflix ter optado pelo FreeBSD dado a alta taxa de streaming que a mesma deve comportar, muito além disso, a decisão técnica também levou em consideração como funciona os maiores gateways de internet e para surpresa dos verborrágicos como o acima, notaram que a maioria usa FreeBSD ou outro para dar conta do recado. Porém se for comparar gateways e ISPs com a quantidade de WebServers fica desproporcional, e é essa a falácia que fanáticos gostam de usar para ludibriar incautos. O fato é que um webserver de um site dificilmente trabalha com cargas tão pesadas quanto dos grandes gateways mundiais eis a grande diferença.
Comparar ao modo “maria vai com as outras” seria como dizer que uma vez que a Sony colocou o FreeBSD no seu console, nunca mais terá espaço para outros sistemas, e não é o caso, talvez o fã boy do Linux não saiba que parte do teste da Sony nesse exemplo se deve a validar a segurança do sistema, é fato conhecido por todos que trabalham com segurança e afins que a chave de encriptação em versões anteriores era única e compartilhada facilitando assim ocorrer a quebra de segurança que ocorreu, o que não é dito para não desmerecer o Linux é que parte da falha foi facilitada dado fraca segurança do mesmo.
Enfim, o post acima é assertivo sim sobre aplicabilidade de ambas as distribuições, talvez o que faltou especificar é que parte da lentidão em aplicações no FreeBSD ocorreu somente depois da comunidade mudar do compilador GCC para o LLVM devido ao último ter uma licença mais similar ao do FreeBSD, todavia, é possível recompilar tanto o sistema quanto os apps no ports com o GCC e eliminar esse detalhe, porém é necessário um conhecimento avançado para tal.