SmolUbuntu 22.04 LTS

Apresento o SmolUbuntu: A distro Linux desenvolvida pela Linux Universe! Liberamos o código e assim você poderá criar sua refisefuqui!

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1. Introdução

Não é de hoje que existem infinitas distribuições Linux por ai. O DistroWatch até a data desta publicação contabiliza nada mais, nada menos, que umas 300. E esse número é bem maior, não é difícil criar uma refisefuqui e existem várias menores que não foram catalogadas.

Para tanto, vamos criar uma mas, pra isso, comecemos do começo.

2. Refisefuqui’s

O termo refisefuqui é quase pejorativo, que resumidamente define uma distro linux genérica como:

Remasterização de Fim de Semana e Fundo de Quintal

Ou seja, basicamente quem pega um sistema em seu tempo livre, reempacota-o com um novo tema, uns ícones diferentes, alguns programas padrão e pronto. Está lançado um sistema operacional “operacional” que nada mais é que uma cópia barata de outro, com algo a mais.

• O Ubuntu seria uma refisefuqui do Debian?
• O LinuxMint seria uma refisefuqui do Ubuntu?

Nesses casos a resposta é não. A discrepância entre eles é tamanha, que você não reconhece um sistema no outro. O Debian e o Ubuntu compartilham o mesmo sistema de pacotes e vários repositórios, mas o tema, os programas padrão e os programas “exclusivos” nativamente suportados são únicos para cada versão do sistema. Inclusive o suporte que a Canonical dá aos usuários do Ubuntu é diferente do suporte dado pela comunidade Debian.

Muito do que define uma refisefuqui é seu suporte. Se o suporte é precário, muitas vezes feito por 1 pessoa sozinha… obviamente vai trazer um problema pra quem usar aquela distro, não terá respaldo se ela apresentar problemas.

Portanto, os passos ensinados aqui nesta publicação estão dentro dos conformes para se criar uma distro que pode ser uma refisefuqui – crie uma para aprendizado, mas se quiser fazer algo verdadeiramente interessante, você também será capaz!

3. Requisitos

Curiosamente há 2 requisitos que vocês devem levar em consideração:

3.1 Requisitos de Usuário

Basicamente é importante que você tenha um conhecimento mínimo de ShellScript, para programar o script de criação de .ISOs. É um script que vai listar todos os pacotes do sistema, todos os pacotes que são opcionais, quais serão removidos, configurações, etc.

Mesmo que você possua um Potatium Inside ainda conseguirá criar uma ISO de um sistema Linux!

3.2 Requisitos de Sistema

• No mínimo 5Gb de espaço livre em disco, caso sua .ISO fique com ~2.5 Gb
• Pelo menos 4 Gb de RAM
• Recomendado 4 núcleos de processador, senão a build vai demorar muito.
• SSD/NVME para agilizar o empacotamento geral e o fechamento da ISO!

5. Funcionamento

De forma sintética, o script trabalha da seguinte maneira:

1. Criação do sistema base com deboostrap
2. Enjaulamento (chroot) do sistema de arquivos
3. Adição dos repositórios do Ubuntu
   Pode ser alterado para qualquer versão (Eoan, Focal, Xenial, etc) que ainda esteja online. Versão com repositórios offline não vão funcionar!
4. Adiciona repositórios adicionais que você desejar
   Por exemplo, PPAs da NVIDIA ou do TeamViewer
5. Segunda etapa do enjaulamento
6. Variáveis de ambiente de execução do script serão configuradas
7. Instalação de pacotes padrão
   Por exemplo net-tools, os-prober e resolvconf
8. Instalação do ambiente de desktop
   Aqui pode ser qualquer um disponível nos repositórios! Ou seja, OpenBox, KDE, WM, quaisquer DE’s menos ou mais populares.
9. Remoção dos pacotes padrão que o usuário desejar
   Por exemplo, o Meta-Pacote do Ubuntu MATE traz o Firefox, que pode ser removido nesse momento.
10. Atualização do sistema
    Assim a ISO fica up-to-date
11. Reconfiguração da rede
12. Desmontagem do enjaulamento
13. Configuração do GRUB
14. Definição de layout de teclado
15. Criação dos arquivos de inicialização
16. Geração de Arquivos de Manifesto
17. Criação do squashfs
18. Definições de disco
19. Geração do GRUB da ISO
20. Compilação da imagem e criação da .ISO
21. Geração do MD5 da imagem

6. Meu exemplo

Eu não poderia fazer uma publicação sem antes provar a veracidade de utilidade do script citado aqui.

Fiz uma .ISO baseada no Ubuntu 22.04 sem interface, porém de layout customizado com uma “TUI” – terminal user interface – que inicia logo após o boot. Além disso ela possui pacotes e scripts específicos para minhas necessidades que podem ou não atender as suas necessidades. 

O código se encontra em meu GitHub AQUI.

Para alterar o comportamento da ISO siga as instruções do README.
Basicamente editando o buid.sh você pode trocar ou adicionar pacotes e interfaces que desejar.

Lembre-se que quanto mais aplicações adicionar, mais recursos existirem no sistema, como interfaces ou mesmo temas, mais pesada a ISO ficará.

Por padrão a Smol Ubuntu tem 1.7 GB.
Ela pode chegar a 4Gb ou mais dependendo do que você quiser que ela possua!

A distro é somente Live!
Se quiser que seja instalável, descomente, remova as # das linhas do Ubiquity em buid.sh.

Tal qual o “sistema” de interface está no código .live em /settings/skel. Troque-o pelo que achar melhor, edite-o como preferir ou apenas remova-o se desejar.

6.1 Uso

Para gravá-la num pendrive use a aplicação que achar melhor, como o Ventoy ou mesmo o Gnome Disks.

7. Conclusão

Criar sua própria imagem ISO de um sistema popular como o Ubuntu te dá a possibilidade de aprender mais sobre como o sistema funciona e até mesmo trazer novas habilidades que podem te abrir portas no mundo do desenvolvimento de softwares.

Pessoalmente criei uma ISO para suporte técnico…. e você, para qual razão criaria uma refisefuqui?

#UrbanCompassPony

UrbanCompassPony (José Humberto)

Autodidata, me aprofundei em sistemas operacionais baseados em UNIX®, principalmente Linux. Também procuro trazer assuntos correlacionados direta ou indiretamente, como automação, robótica e embarcados.