Kernel Linux 6.1 foi lançado!

O Kernel Linux 6.1 é o primeiro a trazer os primeiros códigos em Rust, além do novo suporte a WiFi 7 e de melhorias para virtualizadores!

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Introdução

Entre os principais destaques do Linux 6.1 estão a adição inicial da infraestrutura de compilação Rust, vários novos recursos de CPU AMD, compartilhamento mais rápido de arquivos entre hosts Linux e VMs convidadas usando 9P, o Kernel Memory Sanitizer (KMSAN) foi adicionado, adições iniciais para o WiFi 7 e 802.11be, novos drivers de GPU de código aberto e muito mais.

Confira todos os detalhes do kernel linux 6.1!

1. Processadores

• O código IBM POWER/PowerPC tem KFENCE para wrappers de chamada de sistema de 64 bits e suporte de memória somente para execução.
• A CPU LoongArch, desenvolvido pela Loongson, traz retrabalho de código TLB/cache, suporte QSpinLock, inicialização EFI, suporte para eventos perf, manipulação Kexec, suporte eBPF JIT e vários outros recursos para esta CPU chinesa.

• O Linux 6.1 removeu o suporte a BF16 em processadores Cortex-A510 devido a um problema de hardware que, de outra forma, não pode ser contornado no Linux por enquanto.
• A tabela de páginas AMD IOMMU v2 agora funciona em processadores EPYC 7002 “Rome” e mais recentes, permitindo dar passthrough de para máquinas virtuais.
• CPUs AMD receberam melhorias cache-to-cache e relatórios de memória com perf em processadores AMD mais recentes; adicionado suporte LbrExtV2 para CPUs da linha AMD Zen 4.
• O AMD Platform Management Framework (PMF) foi adicionado para melhor manuseio de temperatura/energia/ruído com os dispositivos AMD Ryzen de próxima geração.
• Suporte para novos Arm SoCs e vários novos dispositivos Arm.
• Decodificação de erro de memória Intel de forma mais rápida.
• Correções AMD P-State e correções s2idle para notebooks AMD Rembrandt.
• Adicionada a possibilidade de desabilitar a mitigação Spectre-BHB em tempo de execução para CPUs ARM, devido ao alto custo de desempenho.

2. Placas de Vídeo

• Melhorias para GPU’s integradas Intel Meteor Lake.
• Várias melhorias no Intel Arc Graphics DG2/Alchemist.
• O AMDGPU tem comunicações melhores com RADV Vulkan.
• Suporte de redefinição Mode2 para GPUs RDNA2 da série RX 6000.
• Aprimoramentos em torno de GPUs AMD RDNA3.

3. Armazenamento/Sistemas de Arquivos

• A configuração padrão do kernel RISC-V permite vários formatos de imagem de CD-ROM. Não que você provavelmente use uma unidade de CD física com seu sistema RISC-V, mas para instalar imagens e outras mídias nos formatos de sistema de arquivos ISO9600/Joliet/ZISOFS.
• Suporte de domínio compartilhado baseado em FSCache para EROFS com casos de uso de contêiners.
• Correções EXT4 e otimizações de desempenho.
• Otimizações significativas de desempenho para Btrfs e outros trabalhos.
• Suporte para statx() para relatar detalhes de alinhamento direto de E/S.

4. Virtualização

• O Xen agora suporta VirtIO baseado em concessão para x86_64.
• Suporte para “apagamento seguro” do bloco VirtIO , bem como suporte para provisionamento de recursos vDPA.
• Compartilhamento de arquivos mais rápido entre as VMs do host e do convidado para aqueles que usam o protocolo 9P, graças a uma otimização significativa do 9P VirtIO.

5. Segurança

• O Kernel Memory Sanitizer foi adicionado como um detector dinâmico de erros de memória em torno de valores não inicializados no código do kernel. Este KMSAN depende da instrumentação do compilador encontrada atualmente no LLVM Clang.
• O kernel linux 6.1 avisará por padrão sobre os mapeamentos do kernel W+X e, em uma versão futura do kernel, poderá proibir que tais mapeamentos sejam criados em primeiro lugar.
• Melhorias no sistema EFI.
• Reforço de segurança no Retpolines para garantir um INT3 após cada salto incondicional.
• O SELinux continua reduzindo o suporte à desativação em runtime.
  O meio mais apropriado de desativar o selinux é passando o parametro selinux=0 no GRUB!
• Melhorias no RNG e no código criptográfico.
• Avisos de tempo de execução para cross-field memcpy() que teriam capturado todos os estouros de buffer baseados em memcpy nos últimos anos para o kernel.

6. Outros Hardwares

• Detecção automática do suporte de rolagem de alta resolução Logitech HID++ e tentativa de habilitar o HID++ para todos os dispositivos Logitech Bluetooth.
• Adições notáveis ​​de suporte de som em notebooks AMD Rembrandt adicionado ao código Sound Open Firmware, novo suporte de co-processador de áudio AMD “Pink Sardine” e o novo driver Apple MCA SoC para suporte de som em novos dispositivos Apple Silicon.
• Adições iniciais do WiFi Extremely High Throughput (EHT) e Multi-Link Operation (MLO) para WiFi 802.11be e WiFi 7.

• Melhorias no Intel Habana Labs Gaudi2 para o acelerador de IA de última geração.
• Um driver de entrada para o IBM Operation Panel.
• Um driver de teclado Pine64 PinePhone (Pro) para entrada no Linux foi adicionado.
• Muitas outras melhorias em notebooks rodando sistemas Linux.
• Suporte Intel Meteor Lake Thunderbolt.
• Suporte de controle de fluxo de ponta a ponta USB4 com o driver de rede Thunderbolt do kernel Linux.
• Melhor suporte de drivers para controles Nintendo “de procedência de caráter não original”.
• Várias adições de drivers de monitoramento de hardware.

7. Outros

• Mais limpezas e otimizações de código antes da adição do PREEMPT_RT.
  O trabalho em tempo real/PREEMPT_RT ainda não está na linha principal e ainda está dependendo do andamento do retrabalho printk.
• Melhorias em relação ao manuseio de informações de pressão (PSI) , incluindo a capacidade de habilitar/desabilitar os dados PSI em um nível por cgroup.
• Suporte genérico de inicialização compactada EFI.
• Remoção do driver serial / TTY de alta velocidade sobre IEEE-1394 Firewire.
• O antigo código de rede DECnet foi removido.
• O MGLRU foi adicionado para revisar o código de recuperação de página do kernel Linux e levar a uma melhor experiência do usuário, especialmente para sistemas Linux com capacidades limitadas de RAM.
  Os resultados do benchmark parecem promissores e esse recurso já foi corrigido no Chrome OS e em dispositivos Android.
• O Maple Tree foi mantido como uma nova estrutura de dados do kernel com possíveis benefícios de desempenho.
• Linux 6.1 vai exibir de qual núcleo da CPU ocorreu uma falha de segmentação. Se os administradores do sistema Linux descobrirem que as falhas de segmentação continuam acontecendo nas mesmas CPUs/núcleos, isso pode ser um sinal de um processador com defeito.
• A infraestrutura Rust inicial foi adicionada como o suporte inicial à linguagem de programação Rust. Nos ciclos futuros do kernel, novos drivers Rust e outras abstrações do subsistema do kernel serão adicionados. O objetivo é que todo o kernel seja Rust em vez de C!

6. Kernel Linux 6.1

O kernel linux 6.1 chegará em breve a quem utiliza distros rolling release como o ArchLinux, enquanto quem utiliza distros como o Ubuntu vão precisar do pacote Ubuntu Kernel Update Utility ou outros meios para obter o novo kernel.

O download do código fonte do kernel linux 6.1 pode ser feito clicando aqui, enquanto que para sistemas baseados em Debian você pode baixar os pacotes .deb neste endereço – caso não esteja disponível, aguarde mais alguns dias!

Lembrando que:

Kernel recém lançado costuma vir sem suporte inicial ao VirtualBox e também sem suporte a alguns drivers proprietários, como os da Nvidia!

Pessoalmente recomendo que aguardem até o kernel 6.1 sair, com correções de bugs e já com suporte pleno a drivers da NVIDIA, VirtualBox e outros. O lançamento desse referido kernel 6.1 será daqui mais ou menos 1 semana. – Dependendo do desenvolvimento, o VirtualBox só recebe suporte após 15 dias.

Aos usuários de Ubuntu e seus sabores, não importando muito a versão, certifiquem-se de ter os pacotes build-essential, libelf-dev e haveged pré instalados em seu sistema para maximizar a compatibilidade e evitar dores de cabeça quando instalar e usar o kernel linux 6.1!

1. O pacote Build-Essential traz os pacotes necessários para compilações que sejam feitas durante a aplicação do kernel.
2. Já o Libelf-Dev é uma exigência para compilações de pacotes, normalmente proprietários como VirtualBox ou mesmo NVIDIA.
3. Por fim, o Haveged muda o gerador de entropia do sistema, evitando problemas de boot que as mudanças do gerador de entropia padrão do Ubuntu costumam causar. Entre eles, o maior, é lentidão em boots de máquinas mais antigas – Quando o boot demora +2 minutos.

#UrbanCompassPony

Fontes:
Phoronix